terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cortejos de engate... e se depois?

E se depois
o medo te tolhar
perde-te nele

E se depois
a víscera bater
acelera com ela

E se depois
o charme vacilar
enfeita-te sem ele

E se depois
o sangue ainda correr
corre atrás dele

E se depois
o fogo te perseguir
aquece-te nele

E se depois
o desejo persiste
consome-te nele

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Uma origem desta espécie de blog

Ora bem, podia antes eu adiantar-me com algo decente para escrever por aqui, mas perdi certas capacidades de querer dar-vos a entender aquilo que na realidade quero que percebam numa maneira suave e não ou tão pouco agressiva de entrar na vossa mente. Sabes quando tens uma conversa e pensas: foda-se, é agora que sai tudo, é agora que se diz tudo, o que se pensa.
Bem, no entanto, foi algo disso que aconteceu. Já tinha esta pequena ideia de partilhar as minhas ideias, seja do que for, sem qualquer sentido de obrigação para com vocês, meus poucos e directos leitores. Venho encarregar-me de vos dar a entender uma parte do que a sociedade pensa, sim, porque eu não cá faço partes nem de minorias nem de maiorias, ou de estereótipos, sim, isso são rotulagens que tendem para agradar a sociedade, e eu já aprendi a não ser assim, sou convicto, e serei aqui neste mesmo sítio, sem ter medo de dizer quaisquer merdas. Como gosto de dizer: "Do what the fuck you want to", ou seja, refiro nisto também a mim mesmo.
Esta é a pequena minha visão do que aqui vou escrever, não querendo nem agradar a gregos e a troianos ou na realidade, seja quem for, estou-me nas tintas.

Espero que gostem e sejam lá muito bem vindos a esta espécie de blog!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Coisas da Vida!

Hoje é Domingo, dia de empastelamento e de reflexão profunda por entre os recantos mais poeirentos e menosprezados sobre a puta da vida. Mais um dia passei eu, sem muito espaço de manobra para tomar as rédeas do que há para levar em frente, talvez devido ao historial de hectolitros de álcool que este fim-de-semana me proporcionou, levando a uma consequente dor de cabeça.
Este texto vem muito a propósito do título que o pingente encardido decidiu engendrar, não é para ficar bem na fotografia que se escreve o primeiro texto sobre o título de um blog acabado de criar, pelo menos quero acreditar que não.
Mas antes que mude de ideias, vou deixar o meu kit de unhas teclar nestes botões como uma conduta a criar mais um... texto? Uma prosa? Um poema? Merda? Sei lá, seja o que for...
E era sobre isto que falávamos, sobre o que fosse!
Começando com uma típica salva de desgostos amorosos que salienta a veracidade de um ditado afamado pelo vinho: "in vini veritas"; e passando pelo típico onanismo filosófico relativo a política, religião, direitos humanos, tudo o que seja o cúmulo dessa coisa gigante e estranha que é o mundo, era assim que se falava naquela noite.
Não ando na vida com grandes propósitos e sinceramente não me conheço bem o suficiente para saber o que quero. Digamos que me encontro numa fase amorfa, fui evoluindo ao longo do tempo em diferentes direcções e para as quais ainda sou arrastado. Há quem critique o meu desprezo imenso pela evolução de carreiristas, advogados, doutores, engenheiros profissionalíssimos que no final das metamorfoses evoluem na sua reforma choruda. Considero esses trajectos completamente desinteressantes e desprovidos de substância, não passam de mudança de rótulos, se evolução é isto então evoluir é morrer.
Assim sendo resta-me só canalizar tudo o que vou fazendo numa espécie de exorcismo em relação à náusea e asquerosa dor de cabeça que o mundo me proporciona todos os dias e de forma maciça. Para mim o paraíso consiste numa cristalização do meu corpo num momento de êxtase, sem que todo o excesso de merdas modernas e evoluídas que preenchem o mundo comercialmente me tolhe o espírito.
Estou a escrever imenso, talvez esteja a passar um grande filme entre estas quatro paredes...